Aumento no diesel vai impactar preço dos fretes rodoviários e dos alimentos no Brasil

09 de fevereiro de 2025 às 18:39

petrobras/preço dos combustíveis
O aumento de R$ 0,22 por litro no diesel, anunciado pela Petrobras na última semana, deve ter um impacto de 2% a 2,5% no segmento de transporte rodoviário de cargas, e os produtos que chegam pelas rodovias aos supermercados e demais lojas do país também podem sofrer alterações.
 

Reprodução/jornalterceiravia.com.br/
 
O aumento recente da Petrobras deve levar cerca de duas semanas para impactar os preços nas bombas, resultando em um aumento de 2% a 2,5% no frete, segundo o G1. A apuração ouviu o assessor técnico da NTC&Logística, Lauro Valdivia, segundo o qual o aumento do preço do diesel, que representa cerca de 35% do valor do frete, afetará diversos produtos, incluindo alimentos e remédios.
 
Valdivia destaca que, mesmo com investimentos em outras modalidades de transporte, as rodovias vão continuar sendo essenciais para levar os produtos aos locais de consumo.
 
Como mais da metade da carga transportada no Brasil é feita por rodovias, ainda é difícil prever quando e quanto o aumento do combustível irá impactar os preços. Para o coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, André Braz, embora seja difícil calcular o impacto ao frete rodoviário, caminhoneiros autônomos devem repassar a alta do diesel mais rapidamente.
 
Além dos caminhões, o diesel é usado em máquinas agrícolas, usinas termelétricas e ônibus urbanos, aumentando indiretamente a inflação. A dependência do transporte rodoviário no Brasil significa que todos os produtos têm uma parcela do diesel em seus preços, com maior impacto em alimentos do que em eletrodomésticos e eletrônicos.
 
O economista André Braz ressalta que o efeito indireto do diesel na inflação é significativo, pois qualquer produto consumido em grandes centros urbanos chega via transporte rodoviário, entretanto, a parcela do diesel no preço dos produtos varia conforme o valor agregado de cada item.
 
O aumento dos preços dos combustíveis no Brasil, especialmente do diesel, é sempre uma questão sensível em função de seu impacto direto na economia das famílias.
 
A última grande disparada nos preços dos combustíveis foi em 2022, durante o governo Bolsonaro, quando o diesel subiu cerca de 203% e a gasolina quase 170% afetando não apenas os consumidores, mas a economia do país.
 
 
 
 
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